terça-feira, 16 de junho de 2009

Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no início de dezembro de 2007, o número de adolescentes que engravidam hoje no país é de cerca de 20%, ou seja, cerca de uma em cada cinco gestações ocorre entre meninas de até vinte anos.

Os grupos sociais são muito diferentes em relação à maternidade. Nas classes baixas a família fica feliz quando aparece um bebê. Já na classe media, a menina aborta ou a família tenta assumir e ajudar a menina a acabar os estudos.

Meninas com projetos de vida, escolaridade, objetivos e orientação em casa engravidam muito menos, além disso, classes sociais mais favorecidas têm melhores condições de fazer um aborto com mais garantia, por esses motivos obviamente o índice de gravidez registrada em classes sociais mais baixas acaba sendo maior.

Mesmo as adolescentes de classe baixa, que na maioria das vezes não têm condições de comprar contraceptivos para a prevenção, tem como se prevenir, pois o governo oferece anticoncepcionais gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas o que é preocupante é que, mesmo tendo acesso aos métodos anticoncepcionais gratuitamente os adolescentes insistem em não se prevenir por acharem que nada irá acontecer. Muitas vezes as adolescentes que não possuem perspectivas de vida, a maternidade lhes parece um bom negócio, pois enxergam na gravidez a oportunidade de ser a companheira de alguém e ser responsável por uma vida longa e mais respeitada, o que acaba sendo uma ilusão, pois nem sempre a sua vida melhora.

Podemos concluir que as adolescentes de classe baixa não têm tantas informações, nem uma estrutura familiar boa que as auxiliem em relação à sexualidade. Podemos constatar que nas classes médias ou altas as meninas têm mais assistência em todos os sentidos, pois freqüentam a escola e muitas vezes os diálogos são mais abertos com os pais. Além disso, a escola oferece uma base importante para o adolescente, pois muitas escolas oferecem palestras sobre sexualidades.

É muito importante também a família orientar os filhos homens, pois eles também têm grandes responsabilidades na prevenção da gravidez, mas culturalmente essa responsabilidade é vista pela sociedade como somente da menina.